A Maior pesquisa sobre obesidade já feita!

A Maior pesquisa sobre obesidade já feita!

Foi apresentado no Congresso Europeu de Obesidade em Glasgow, na Escócia, os resultados do Action IO.

 

Trata-se da maior pesquisa sobre a obesidade já realizada. Versa sobre a percepção da obesidade pelos pacientes e médicos. São 14.500 pacientes com a doença, sendo 50% homens e 50% mulheres, e 2.800 profissionais de saúde de 11 países — Austrália, Chile, Itália, Israel, Japão, México, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Reino Unido, Espanha e Coreia do Sul.

 

O maior problema que incomoda o obeso é a culpa que o paciente tem!! E este é um sentimento muito errado. Quem pode ser culpado por ser portador de uma doença grave, crônica e progressiva?

Há mais de 60 causas desta doença e está associada a 296 outras enfermidades. Como ter culpa por uma doença tão grave e tão universal?

Mesmo os médicos tem dificuldade de entender e tratar esta doença.

Sabemos há muito tempo que só metade das pessoas com obesidade busca ajuda médica. E destes apenas metade recebe um tratamento.

Portanto entre os obesos só um quarto é tratado.

“Como posso ser responsabilizado e culpado por uma doença? “

Os resultados deste estudo mostram que 68% dos obesos tem plena noção de que sofrem de uma doença crônica.  A prova disso é o número grande de pessoas que voltam a engordar independente do tratamento que tenham feito.

Ainda, segundo este estudo, entre os médicos, 88% compartilham desta visão.

Então por que tão poucos médicos abordam o problema com o paciente?

O estudo mostra que 71% dos médicos, não especialistas, pensam que os pacientes com obesidade não têm o menor interesse em perder peso.

Mas o estudo mostra que dos pacientes, apenas 7 % não se importa com o excesso de peso. Então 93 % gostaria que o médico abordasse o problema.

O resto iria adorar receber alguma orientação.

O estudo revela que a razão pela qual a maioria dos pacientes não procura tratamento se deve ao fato dos portadores de excesso de peso acreditarem ser a única criatura responsável pela sua gordura.

Segundo o Prof., Ian Caterson, professor da Universidade de Sidney, na Austrália. “Ainda está impregnado no imaginário a ideia de que faltou ginástica ou que ela sempre comeu demais”.

Os dados científicos demonstram que em média o paciente só procura o médico (os que procuram) em média seis anos após o início do ganho de peso.

O problema é que após acumular energia em forma de gordura o organismo passa a se proteger impedindo a perda de peso.

Ninguém tem facilidade para engordar. Quase todos têm uma dificuldade enorme para emagrecer. E isso é bem diferente.

“A fisiologia da obesidade só ficou conhecida há pouco tempo”, informou Dr. Kaplan, chefe desta pesquisa,

Esta é uma doença dominada por genes. Inúmeros genes à espreita. Sua função, em uma simplificação imensa, é segurar todo o estoque de energia que o meu corpo e o seu corpo puderem conseguir.

Só a minoria não é assim e carrega em suas células o gene da magreza — isso mesmo. Essa minoria ganhou uma mega-sena da genética.

Na maioria da população, o gatilho — que, ok, nunca deve ser desprezado — pode até ser aquele chocolate a mais. “No entanto, de 80 a 85% dos mecanismos disparados a partir daí têm a ver com uma tendência genética a segurar a energia.”, fala DR.  Kaplan.

Ou seja, uma vez que você engorda, ao perder peso o organismo esperneia. Ele não quer largar de jeito algum a gordura que um dia conquistou.

Toma, então, duas atitudes covardes: diminuiu o seu metabolismo e aumenta a sua fome. Para se ter uma ideia, quando a pessoa começa a fazer dieta, os níveis de grelina, hormônio do apetite, vão lá para o alto. Talvez o sujeito pense que a fome mais intensa é decorrente de ele estar comendo menos.

Não é bem assim: “Um ano inteiro depois e os níveis de grelina chegam a estar ainda mais elevados do que no início da dieta”, conta Kaplan. Portanto, ter obesidade é viver esfomeado.

 Afinal, toda a química do organismo é orquestrada para aumentar o apetite.

Isso explica — olhando novamente para o Action IO — por que 52% dos pacientes que procuram o médico já estão quase desistindo. É que, antes de atravessarem a porta do consultório, eles já fizeram em média quatro tentativas sérias, isto é, procurando seguir tudo à risca, de perder peso. Em vão.

Ninguém pode dizer que manter o peso é mais fácil do que emagrecer. Porque isso é mentira.

Segundo o Action IO, cerca de um quarto das pessoas que perderam menos de 5% do seu peso inicial conseguiu sustentar esse emagrecimento por três anos.

Para 11% dos entrevistados ao redor do mundo, os quilos foram recuperados ou parcialmente recuperados até mais ligeiro, em um prazo menor do que um ano.

Se a gente focar naqueles que emagreceram 10% ou mais do peso inicial — por exemplo, aqueles que tinham 100 quilos e desceram para 90 ou menos—, só cinco em cada 100 indivíduos continuaram com a nova forma após um ano. O corpo quer seus pneus de volta.

Ninguém deveria alimentar expectativas fora da realidade

E o que mais existe é gente pedindo ao organismo com obesidade algo que ele não conseguirá entregar tão fácil. O Action IO nos conta que, em média, os pacientes tinham a meta de perder 16% do peso — mas sonhando em segredo eliminar até 23% dos quilos.

Os médicos recomendavam uma média de perda de peso de 17%, segundo a pesquisa.

Isto é muito difícil. Lembre-se que, depois da dieta, o organismo estará ainda mais lento e faminto. É aí que aparece o efeito sanfona que, para a saúde, é ainda mais danoso. Portanto a obesidade é doença ardilosa.

A boa notícia é que, ao perder apenas de 5% a 10% do peso, todos os parâmetros de saúde do indivíduo que está obeso já melhoram muito.

E vão conferir uma vida mais longa, mais saudável e com menos culpa. O mais importante é que essa perda e viável.

Precisamos acabar com todas as nossas ilusões sobre a obesidade e falar sobre ela, de maneira crua e desnuda. É triste notar, pelos resultados do Action IO, que cada ser humano com obesidade se sente isolado quando tem 650 milhões de pares pelo mundo.

Ainda bem que recentemente surgiram vários medicamentos eficientes para promover a perda de peso. Outra mudança significativa é o conhecimento que o tratamento para manter o peso perdido é para toda a vida.

Dr. Joffre Nogueira Filho

Rua batatais, 524, Jdim Pta SP 3885 5066

Dr.joffre@uol.com.br

You Tube /Joffre Nogueira Filho

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