Dieta sob medida



Dieta sob medida

 Há varias razões pela qual se gosta mais de um alimento do que de outro Algumas destas razões explicam porque saímos das dietas sempre nos mesmos alimentos. E isto não tem nada a ver com força de vontade ou determinação.

Evidentemente hábitos familiares e culturais tem um grande peso no plano geral de alimentação, mas não é só isso, vejamos:

Algumas das explicações se referem ao funcionamento de uma parte do cérebro (o hipotálamo) que nos fazem ter apetite (vontade, gula) por algumas guloseimas ou alimentos mais do que por outros e existem medicamentos que interferem nestas preferencias.

Existe também, o significado psicológico dos alimentos- por exemplo, se você comia bom-bocado na casa da sua avó quando você tinha 4 anos – você não se recorda (nós não lembramos de quase nada que tenha ocorrido antes dos 7 anos)-mas o bom-bocado terá sabor de casa, colo e carinho de vó por toda a sua vida.

Quando a vida está ruim, difícil, às vezes você precisa de colo de vó – e por isso vai comer bom bocado.

Se aos vinte anos magra, linda, alegre tinha dezenas de interessados em sair com você – o que você bebeu e comeu, nesta época, pode ficar associado a sensação de sucesso e realização. Hoje se a empresa lhe faz pensar que não é bem sucedida profissionalmente – pode te fazer comer os alimentos (e bebidas) que ficaram associados ao sucesso dos 20 anos.

Há pessoas que tem mais dificuldades em resistir aos alimentos pelo prazer que ele confere. Há hormônios implicados nisso. Um deles é a grelina, hormônio produzido no antro do estomago e que nos faz ter mais fome e principalmente mais gula e o outro é a dopamina, hormônio cerebral que dá a sensação de prazer. Estes pacientes tem mais dificuldade de resistir a bebidas alcoólicas e mesmo a drogas ilícitas.

Percebemos em nossa experiência clinica que só conseguimos restringir em uma dieta, de qualquer paciente, as guloseimas ou alimentos preferidos, até que ele perca alguns quilos (em torno de três!!).  Quanto mais sucesso no tratamento maior a dificuldade de continuar sem sair da dieta.

Nunca vamos conseguir que você pare de gostar de chocolate, mas podemos conseguir que você passe a gostar também de outros doces menos engordativos e “dilua” suas saídas em coisa mais e menos calóricas.

Quando você perdeu alguns quilos você se sente emagrecida, as roupas caem melhor, os amigos te elogiam e principalmente a imagem que você vê no espelho é algo emagrecida. Como a razão que te levou a fazer a dieta era emagrecer, começa a diminuir a “força de vontade”, a constância, etc. E você começa a dar “escapadas” na dieta. Aparece um sentimento de culpa e uma postura de que “já que eu saí”, vou sair mais uma vez, e mais uma… Esta situação faz você retardar a retomada da dieta e muitas vezes leva você a abandona-la.

Em nossa clinica permitimos que o paciente saia nos alimentos que ele não consegue deixar de comer e trocamos estas calorias por outros alimentos que não sejam tão importantes para ele. É importante que quando ocorra à saída ele nos comunique e “pague o preço” em outras calorias. Esta conduta faz com que ele retorne rapidamente ao regime sem retardar a volta ao “bom caminho”, impedindo a postura do “já que eu saí”, que leva a mais saídas e ao abandono do plano de reeducação alimentar. Faz com que ele continue “no jogo”.

A medida que o peso vai baixando se faz necessário mais e mais concessões, pois a vontade de emagrecer diminuiu. Se conseguirmos manter o paciente neste esquema ele se sente comprometido e ainda no jogo apesar de ter cometidos grandes “pecados alimentares”. Quanto mais tempo na dieta mais liberado ele vai ficando e o regime passa a ser cada vez mais fácil e esta é uma necessidade para compensar a menor “força de vontade” por já ter atingido, mesmo que parcialmente, os objetivos pretendidos.

Varias coisas acontece neste sistema:

1)      a dieta é muito mais fácil, você pode comer o que não consegue ficar sem comer,

2)      aprende-se a compensar as saídas,

3)       acaba com a culpa,

4)       volta à dieta mais rapidamente,

5)      não abandona o tratamento por algumas saídas e o mais importante

6)      descobre que a vida é assim- não é o fato de ter saído da dieta que te condena a não ser magra. Basta pagar um preço e voltar (continuar) na dieta.

Veja mais neste site nos artigos: causa cerebrais da obesidade, tratamento particularizado da obesidade.

 

 

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